
“Eu sou a guardiã” : ser mãe
Este texto lindo foi escrito por uma mãe americana e traduzir as palavras de Cameron foi emocionante!
Deixo aqui palavras que me tocaram imensamente, traduzidas para vcs.
“Eu vejo vcs também.”

“Eu sou a guardiã.”
Eu sou a guardiã dos horários. De cursos, jogos e aulas. De projetos, festas e jantares. De compromissos e lições de casa.
Eu sou a guardiã da informação. De saber quem precisa de comida 5 minutos antes de um chilique e quem precisa de espaço quando se irrita. Se há roupas limpas, se as contas estão pagas, e se precisamos comprar leite.
Eu sou a guardiã das soluções. De bandaids, kits de costura e lanches na minha bolsa. Mas também de bálsamo emocional e cobertores de segurança metafórica.
Eu sou a guardiã das preferências. De gostos e desgostos. De rituais noturnos e aversões alimentares.
Eu sou a guardiã dos lembretes. Para ser gentil, recolher o lixo, fazer os pratos, fazer o dever de casa, segurar portas e escrever notas de agradecimento.
Eu sou a guardiã de rituais e memórias. De manchas de abóbora e caça a ovos de Páscoa. Eu sou a fotógrafa, colecionadora de ornamentos especiais e escritora de cartas.
Eu sou a guardiã da segurança emocional. O repositório de conforto, a navegadora do mau humor, a protetora de segredos e o calmante para os medos.
Eu sou a guardiã da paz. A mediadora das lutas, o árbitro das disputas, a facilitadora do diálogo, a que é capaz de lidar com diferentes personalidades.
Eu sou o guardiã da preocupação. A deles e a minha.
Eu sou a guardiã do bem e do mal, do grande e do pequeno, do bonito e do duro.
Na maioria das vezes, o peso dessas coisas que eu guardo parece com os elementos de cima da tabela periódica – mais leves do que o ar, empurrando-me para cima com uma sensação de propósito.
Mas às vezes o peso das coisas que eu guardo me empurra para abaixo da superfície até eu estar chutando e lutando para respirar.
Porque essas coisas que eu guardo estão constantemente cintilando no fundo do meu cérebro, esperando para serem esquecidas. Elas desorganizam meus pensamentos e me mantêm acordada muito tempo depois da minha hora de dormir.
Porque todas essas coisas que eu guardo são invisíveis, intangíveis.
Este é de longe o melhor trabalho que já tive. Mas às vezes ser a guardiã é cansativo.
Porque você sente que está fazendo isso sozinha.
Então, para todas vocês que são guardiãs, eu vejo vocês.
Eu conheço o peso das coisas que vocês guardam.
Sei que o trabalho invisível que vocês fazem, que não vem com um cheque de pagamento ou licença por doença, é o que faz o mundo girar.
Eu te vejo.
E eu te saúdo”
O texto original está em inglês no Blog Lucky Orange Pants